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O que é pejotização, seus riscos e como evitar problemas trabalhistas

22/9/25

O que é pejotização, seus riscos e como evitar problemas trabalhistas

A contratação de profissionais como Pessoa Jurídica (PJ) tem se tornado comum no mercado de trabalho brasileiro, oferecendo flexibilidade para empresas e profissionais. No entanto, é fundamental entender a diferença entre uma parceria genuína e a prática ilegal da pejotização, que pode gerar sérios riscos jurídicos.

Neste artigo, vamos aprofundar o que caracteriza essa prática, os perigos envolvidos e, principalmente, como garantir que a contratação PJ seja feita de forma correta e segura para todos.

O que é pejotização?

Esta prática ocorre quando uma empresa contrata um profissional como se ele fosse uma empresa (Pessoa Jurídica), mas, na realidade, a relação de trabalho disfarça um vínculo empregatício. Ou seja, o profissional é tratado como um funcionário tradicional, mas sem os direitos trabalhistas previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como 13º salário, férias remuneradas, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego.

A diferença principal é que, em uma relação PJ legítima, o profissional é autônomo, não tem subordinação à empresa e presta serviços de forma independente. Já na pejotização, ele cumpre horários fixos, recebe ordens diretas, utiliza a infraestrutura da empresa e tem uma relação de dependência, elementos que, de acordo com a legislação, configuram vínculo empregatício.

O que caracteriza uma relação de trabalho?

Para identificar se uma relação de trabalho é de emprego (CLT) ou de prestação de serviços (PJ), a Justiça do Trabalho considera alguns critérios:

  • Pessoalidade: O serviço é prestado por uma pessoa física específica, não podendo ser substituída por outra sem a permissão do contratante.
  • Não eventualidade: A prestação de serviço é contínua e não esporádica.
  • Onerosidade: Há o pagamento de um salário ou remuneração em troca do serviço.
  • Subordinação: O profissional está sob as ordens e a supervisão direta da empresa, tendo que seguir regras de horários, metas e processos.

Se a sua empresa contrata um PJ e a relação de trabalho tem todos esses elementos, ela pode ser considerada uma pejotização indevida, com sérias consequências legais.

Os riscos e as consequências da pejotização indevida

A pejotização disfarçada é vista como uma fraude à legislação trabalhista e pode gerar um passivo trabalhista significativo para a empresa. Se o profissional entrar com uma ação na Justiça, a empresa pode ser obrigada a reconhecer o vínculo empregatício e arcar com todos os direitos não pagos, como:

  • Horas extras e adicional noturno;
  • Férias e 13º salário;
  • Multa de 40% sobre o FGTS;
  • Verbas rescisórias, caso a demissão ocorra sem justa causa.

Além dos custos financeiros, a empresa também pode sofrer com danos à sua reputação, autuações do Ministério do Trabalho e até mesmo condenações em outras esferas judiciais.

Como fazer uma contratação PJ dentro da legalidade

Vale ressaltar, que esta modalidade de contratação é totalmente legal, desde que feita com transparência e respeito à legislação. Para evitar riscos, siga estas boas práticas:

  1. Analise a natureza da relação: Verifique se o serviço a ser prestado é pontual e se não exige subordinação. Se o trabalho é contínuo e demanda o controle de ponto, por exemplo, a contratação CLT é a mais indicada.
  1. Formalize o contrato: Elabore um contrato de prestação de serviços detalhado, especificando o escopo do trabalho, os prazos, a remuneração e a inexistência de vínculo empregatício. O contrato deve ser de prestação de serviço, não de trabalho.
  1. Evite a subordinação: Não exija o cumprimento de horário fixo, não controle a frequência do profissional e não o trate como um funcionário. O PJ é responsável por entregar o resultado do trabalho, não por cumprir uma jornada.
  1. Não integre o profissional à equipe: O PJ deve ter autonomia para trabalhar e não deve ser integrado a rotinas internas de funcionários, como reuniões diárias obrigatórias, uso de crachá e participação em eventos da empresa.
  1. Permita a autonomia do profissional: Deixe claro que o profissional pode prestar serviços para outras empresas, demonstrando que ele é um prestador de serviços e não um funcionário exclusivo.

Fazer a gestão de pessoas de forma transparente e segura é um desafio, especialmente com as diferentes formas de contratação existentes. Ter soluções que ajudam a acompanhar e organizar a rotina, como um sistema de controle de acesso, é fundamental para garantir a segurança jurídica da sua empresa e a tranquilidade dos seus profissionais.

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