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Blog da Insoft4

Setembro Amarelo - Ações que o RH pode realizar na empresa

12/9/23

Setembro Amarelo marca a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês, a iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para a importância de discutir e promover ações a respeito do suicídio.

Anualmente são registrados cerca de 14 mil casos por ano, de acordo com a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Segundo a ABP, esses casos são relacionados com doenças mentais, ou seja, poderiam ser evitados por meio de acesso a tratamentos psicológicos e psiquiátricos.

Os motivos podem ser variados. Segundo estudo realizado pela Unicamp com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2003, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.  

A primeira medida preventiva é a educação. Durante muito tempo, falar sobre suicídio foi um tabu, havia medo de se falar sobre o assunto. De uns tempos para cá, especialmente com o sucesso da campanha Setembro Amarelo, esta barreira foi derrubada e informações ligadas ao tema passaram a ser compartilhadas, possibilitando que as pessoas possam ter acesso a recursos de prevenção.

Desta forma, em 2023, a campanha do setembro amarelo ganhou o lema “Se precisar, peça ajuda!”

Saiba mais! https://www.setembroamarelo.com/  e Prevenção - Setembro Amarelo - Mês de Prevenção ao Suicídio    

Mas afinal, o que é o suicídio?

O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente, mesmo que ambivalente, usando um meio que acredita ser letal. Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio. A magnitude desse problema faz com que a OMS trate o suicídio como um caso de Saúde Pública desde 1999.

Atenção aos comportamentos do outro!

Vale destacar que o ato suicida não se constitui em um ato isolado nem tampouco livre, ele pode ser direcionado a inúmeros motivos, ou seja, é necessário compreender sua mensagem, decodificar o sofrimento tanto individual quanto coletivo (equipe/organização) que o ato ou tentativa pode estar anunciando/denunciando. Atenção aos sinais, mudanças repentinas no comportamento, comentários de colegas sobre essa mudança, pedidos de ajuda podem se manifestar das mais diversas formas. Esses podem ser aspectos importantes para o desenvolvimento de ações para proteção e segurança de um ambiente organizacional mais saudável.

Suicídio e o ambiente de trabalho

Embora a campanha não se concentre exclusivamente em trabalhadores e trabalhadoras, o ambiente de trabalho é um assunto importante para abordar a questão do tema e reduzir o estigma associado à saúde mental, proporcionando soluções e o apoio adequado para aqueles que lutam contra pensamentos suicidas.

De acordo com especialistas, o suicídio de trabalhadores (as) e a saúde mental no ambiente de trabalho são preocupações importantes a serem discutidos. Observam ainda que o estresse no trabalho, pressão excessiva, assédio moral, carga de trabalho excessiva e falta de apoio emocional podem contribuir para problemas de saúde mental entre os colaboradores.

Para ser considerado suicídio laboral, este não precisa, necessariamente, ter ocorrido no local de trabalho. É preciso considerar cartas, mensagens eletrônicas, postagens em redes sociais ou outras evidências que demonstrem a existência de sofrimento relacionado ao trabalho e à degradação social e existencial do sujeito e sua vida afetiva que pesaram na decisão de cometer tal ato, chegando ou não a termo.  

Ao ser comprovado o vínculo com o trabalho, o suicido passa a ser considerado como acidente de trabalho, devendo ser registrado nos órgãos e sistemas oficiais. É fundamental ter registros das providências tomadas por parte do empregador, haja vista a responsabilidade legal pelas relações de trabalho por ele ensejadas, ressaltando-se o cuidado para evitar exposições desnecessárias.

Saiba mais: Setembro Amarelo é o mês dedicado a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio — FUNDACENTRO (www.gov.br)

E então, que ações nós, profissionais de RH, podemos utilizar na empresa?

Saúde mental é um fator essencial para o bom desempenho do colaborador no trabalho, além de que, um colaborador feliz é mais motivado, produtivo, engajado e focado, o que reflete diretamente nos resultados da empresa como também na vida pessoal de cada profissional.  

Para trabalhar o Setembro Amarelo nas empresas é preciso pensar em campanhas realmente efetivas, com ações que realmente irão impactar positivamente os colaboradores. Dito isso, listamos algumas práticas e ações que podem ser adotadas no cotidiano da organização.

  • Existência de espaços e ou canais seguros para o debate de conflitos e divergências do trabalho, comuns em ambientes laborais;
  • Estabelecimento de metas atingíveis capaz de usufruir de forma saudável as capacidades individuais e ou das equipes;
  • Incentivo a atividade física, contando com um profissional da área da saúde para realizar aulas e momentos de alongamento ao menos uma vez na semana;
  • Há formas de trabalhar o tema utilizando a atividade física no combate a depressão: Solicite ao colaborador uma foto fazendo alguma atividade física e compartilhe com pequenos textos relacionados com o tema;
  • Incentivo as pausas, em momentos de pressão é comum que as pessoas se sintam mais ansiosas e estressadas. As pequenas pausas são fundamentais, de modo que possam ter um período de relaxamento, uma prática usualmente aplicada é a técnica de pomodoro;
  • Promova palestras relacionadas ao tema com intuito de estimular a conscientização acerca do assunto;
  • Prática do balão amarelo de valorização à vida: Coloque na mesa de trabalho de cada colaborador um balão na cor amarela juntamente com uma frase motivacional e que demonstre sua importância como sujeito;
  • Por fim, não menos importante, promova a segurança psicológica dos colaboradores, ela está relacionada diretamente a um ambiente com um clima organizacional no qual as pessoas se sentem confortáveis para compartilharem ideias, experiências e expressarem suas opiniões.  

Saiba mais sobre os aspectos da Segurança Psicológica:

A segurança psicológica se apresenta de diferentes maneiras no cotidiano de uma organização, sobretudo, através de seus principais aspectos:

Segurança para se EXPRESSAR

Se sentir à vontade para questionar o status quo, inovar, expor ideias e falar sobre problemas, sem medo.

 

Segurança para INTERAGIR

Cultivar um clima organizacional saudável e confortável para pedir ajuda, dar e receber feedbacks, mesmo se as conversas forem desafiadoras ou difíceis.

 

Segurança para APRENDER

O medo de errar, perguntar, inovar, correr riscos e aprender com os próprios erros, não pode existir. É dessa forma que ideias novas poderão ser testadas.

 

Segurança para PERTENCER

Se sentir parte de um grupo, apoiados e valorizados, sem acharem que serão diminuídos, rejeitados, prejudicados ou julgados.

A segurança psicológica é importante em uma organização porque além de proporcionar um ambiente confortável para assumir riscos e expor ideias, ela promove a confiabilidade nas pessoas ao seu redor para atingir os resultados e entregar um trabalho de excelência; oportuniza maior clareza sobre os objetivos, metas e seus papéis para atingi-los.


Por fim, mantenha as portas do RH sempre abertas!

Dessa forma, os colaboradores se sentirão mais à vontade para procurar ajuda para falar e compartilhar comportamentos de colegas ou de superiores, questões pessoais, entre outros.

Ao detectar uma potencial fragilidade emocional que possa estar desencadeando a ideação suicida é necessário dar o devido encaminhamento à situação, que pode ocorrer internamente ou externamente nas organizações.

Você conhece o Centro de Valorização a Vida – CVV?

O CVV é uma das ONGs mais antigas do país. Fundado em São Paulo em 1962, atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio por meio do telefone 188, e também por chat, e-mail e pessoalmente. É membro fundador do Befrienders Worldwide e ativo junto ao IASP (Associação Internacional para Prevenção do Suicídio), Abeps (Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio) e outros órgãos internacionais que atuam pela causa.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, com atendimento sigiloso 24 horas por dia, 365 dias por ano. O número para contato é 188 e existe contato web pelo site https://www.cvv.org.br/. Após a implantação do telefone 188, por meio de acordo com o Ministério da Saúde que garantiu gratuidade da tarifação telefônica, é registrado cerca de 3 milhões de atendimentos por ano.

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